Contribuição ao estudo epidemiológicode sífilis congênita no município de Carapicuíba-SP
ainda uma realidade em 2002
Palavras-chave:
sífilis congênita, sífilis, recém-nascidos, pré-natalResumo
Introdução:este estudo é sobre sífilis congênita (SC); a sífilis e a SC após o advento da antibioticoterapia, mais especificamente da penicilina, teve umadiminuição progressiva até atingir níveis poucos significativos, mas a partir do final da década de 1960 e início da década de 1970 ocorreu o recrudescimento da sífilis e da SC, devido ao relaxamento das medidas preventivas, maior liberdade sexual, uso de anticoncepcionais orais, abuso de drogas, pro-miscuidade sexual, falha na assistência de pré-natal, o aparecimento da síndrome da imunodeficiência adquirida, dentre outros. Objetivo: descrever oscasos de sífilis congênita de residentes no município de Carapicuíba-SP. Métodos: estudo retrospectivo, descrevendo os casos e a prevalência de SC deresidentes no município de Carapicuíba, em 2002, a partir do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN-WIN) do Sistema Municipalde Saúde.Resultados:a prevalência de SC foi de 0,48% (32 casos notificados em 6.719 nascimentos), o que correspondeu a um coeficiente de 4,76casos por mil nascidos vivos; 31 casos foram classificados como SC presumível e somente um foi confirmado. Todos os casos classificados como SCforam diagnosticados como tipo recente. Conclusão:o coeficiente apresentado em Carapicuíba está bem superior à meta de um caso por mil nascidosvivos estabelecida pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Ministério da Saúde (MS), mas está 33,9% inferior ao apresentado no relatóriodos Grupos de Investigação de SC do MS; o autor afirma a importância na melhora da qualidade na assistência à gestante e ao neonato; possibilidade desubnotificação e descaso da SC pelos profissionais da área médica, necessitando uma reciclagem dos mesmos financiada pelo gestor municipal.