Contribuição para melhorar da prática farmacêutica no atendimento de pacientes com queixas referentes às DST em Campo Grande-MS
Palavras-chave:
Doenças sexualmente transmissiveis, farmácia, FarmacoepidemiologiaResumo
As Doenças Sexualmente Transmissíveis vem se mantendo ao longo do tempo como problema de saúde pública. Após o surgimento da aids tal situação agravou-se. É amplamente sabido que nossa população busca atendimento nas farmácias para seus problemas de saúde. Vários autores já constataram a indicação de medicamentos, ilegal e irracional praticada em farmácias de todo o Brasil. O presente trabalho visa contribuir para a melhoria da prática farmacêutica no município de Campo Grande - MS. O universo estudado abrangeu todas as farmácias registradas no CRF/MS no momento da pesquisa. Na primeira fase do estudo investigou-se a prática dos trabalhadores da farmácia frente a um paciente com sintomas de gonorréia. Na Segunda fase do estudo procedeu-se uma intervenção educativa em pequeno grupo de farmacêuticos e seus balconistas. Após quatro meses foi feita avaliação dessa intervenção. Efetuou-se também a avaliação de urna intervenção educativa de larga escala realizada pelo CFF e dirigida a farmacêuticos, ocorrida concomitantemente a este estudo. Obteve-se resposta em 92,5% das farmácias cadastradas pelo CRF/MS, verificando-se que as mesmas apresentaram um percentual elevado de indicações de medicamentos aos pacientes com queixa de DST (72% para o sexo masculino e 62,5% para o sexo feminino), principalmente antibióticos. Observou-se que, apesar das intervenções pedagógicas. a venda de medicamentos sem receita médica não se alterou significativamente. Por outro lado, as informações transmitidas modificaram a conduta dos farmacêuticos proprietários, e também melhoraram as orientações fornecidas pelos leigos.