A importância de incluir neurossífilis no diagnóstico diferencial de pacientes com déficit cognitivo e alteração do comportamento

Autores

  • Hilda Maria Pascal Alves dos Santos
  • Camilee Pereira Tostes
  • Amanda B. Peixoto
  • Camile P. Figueira
  • Renata J. Bortolini
  • Carolina M. Torrado
  • José Augusto C. Nery

Palavras-chave:

neurossífilis, declínio cognitivo, diagnóstico precoce, tratamento adequado, DST

Resumo

Neurossífilis é resultado da infecção do cérebro, das meninges ou medula espinhal pelo Treponema pallidum e desenvolve-se em cerca de 25-40% das pessoas que não são tratadas para a sífilis. A demência por neurossífilis é uma manifestação tardia da sífilis e era causa frequente de deterioração cognitiva antes do aparecimento e da disseminação do uso da penicilina no tratamento das fases iniciais da doença. Embora incomum nos dias de hoje, a demência por neurossífilis ainda constitui diagnóstico diferencial a considerar-se, diante de síndromes demenciais atípicas ou com manifestações frontais, particularmente em populações menos favorecidas socialmente. Esse caso destaca a importância do diagnóstico precoce da neurossífilis, e que os médicos devem se alertar para a possibilidade desta doença em pacientes que apresentam demência, principalmente por pertencer ao grupo das demências potencialmente reversíveis, pois o tratamento adequado pode reverter o declínio cognitivo. E ainda, pelo aumento no número de casos de sífilis na última década, particularmente pela coinfecção com HIV, que pode acelerar o curso e alterar a resposta ao tratamento da sífilis. Este aumento da incidência de sífilis, observado também na Europa e nos Estados Unidos, poderá traduzir-se num acréscimo do número de casos de neurossífilis observados na prática clínica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Hilda Maria Pascal Alves dos Santos

Aluna da liga de DST/Hanseníase da Santa Casa de Misericórdia.

Camilee Pereira Tostes

Aluna da liga de DST/Hanseníase da Santa Casa de Misericórdia.

Amanda B. Peixoto

Aluna da liga de DST/Hanseníase da Santa Casa de Misericórdia.

Camile P. Figueira

Aluna da liga de DST/Hanseníase da Santa Casa de Misericórdia.

Renata J. Bortolini

Aluna da liga de DST/Hanseníase da Santa Casa de Misericórdia.

Carolina M. Torrado

Médica pós-graduanda em dermatologia pela Santa Casa da Misericórdia.

José Augusto C. Nery

Chefe do setor de dermatologia sanitária da Santa Casa da Misericórdia.

Downloads

Publicado

2010-08-14

Como Citar

1.
Santos HMPA dos, Tostes CP, Peixoto AB, Figueira CP, Bortolini RJ, Torrado CM, et al. A importância de incluir neurossífilis no diagnóstico diferencial de pacientes com déficit cognitivo e alteração do comportamento. DST [Internet]. 14º de agosto de 2010 [citado 19º de maio de 2024];22(3):150-2. Disponível em: https://www.bjstd.org/revista/article/view/1090

Edição

Seção

Artigo original