Significado histológico de células glandulares atípicas no programa de prevenção do câncer o colo do útero no município do Rio de Janeiro

Autores

  • Jorge Eduardo Torrez Sainz

Palavras-chave:

adenocarcinoma in situ, adenocarcinoma endocervical, células glandulares atípicas, células escamosas atípicas, neoplasia cervical glandular, sistema Bethesda

Resumo

O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência da citologia de AGC e analisar o significado histológico desta na área programática AP-5.1 do município do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo transversal, onde foram analisados exames citopatológicos utilizando os dados informatizados do SITEC/INCA/MS, no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2008. No referido período foram registrados, nos arquivos do SITEC, laudos citológicos de 132.147 mulheres rastreadas na AP-5.1. Deste total, 533 citologias tiveram diagnóstico inicial de AGC, o que representou uma prevalência 0,4%. Considerando-se a idade, 79,2% (417/533) das mulheres com primeira e 82,6% (19/23) com segunda citologia de AGC encontravam-se na faixa etária ente 25 e 54 anos. Um total de 69,4% (370/533) das mulheres foi submetido à colposcopia e a nova coleta para citologia. A taxa de não comparecimento foi de 30,6% (163/533). Nessas novas citologias, evidenciaram-se 67,5% (250/370) de citologias normais, 24,5% (91/370) de atipias em células escamosas e apenas 7,8% (29/370) de atipias em células glandulares de gravidade variável. Das 23 mulheres com segunda citologia de AGC, 43,5% (10/23) apresentaram histologia normal, 43,4% (10/23), lesão escamosa, 8,7% (2/23) de adenocarcinoma invasor e em 4,34% (1/23) o laudo histológico foi inconclusivo. Em conclusão, a prevalência de AGC na AP-5.1 foi baixa. A maioria das mulheres com citologia de AGC tinha laudo histológico de normalidade ou lesão escamosa e as correspondentes lesões histológicas incidiram com maior frequência sobre mulheres adultas jovens. Embora a minoria das lesões tenha sido de origem glandular, esta foi, significativamente, mais grave por ser invasora. Mulheres com citologia de AGC devem continuar a investigação com colposcopia e biópsia dirigida, pois podem apresentar lesões escamosas ou glandulares graves.

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Biografia do Autor

Jorge Eduardo Torrez Sainz

Mestrado em Medicina do Programa de Pós-Graduação em Ciências Cirúrgicas, da Faculdade de Medicina, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2011-10-02

Como Citar

1.
Sainz JET. Significado histológico de células glandulares atípicas no programa de prevenção do câncer o colo do útero no município do Rio de Janeiro. DST [Internet]. 2º de outubro de 2011 [citado 18º de maio de 2024];23(4):225. Disponível em: https://www.bjstd.org/revista/article/view/1029

Edição

Seção

Resumo de teses